Dicas de Pesca: Conheça as 11 espécies de Traíras - Hoplias

O site Laus Pesca apresenta as 11 espécies de Traíras conhecidas.

A traíra pertence a um grupo de peixes desprovidos de nadadeira adiposa. É um dos peixes mais populares do Brasil, presente em quase todos os açudes, lagos, lagoas e rios.

Nas regiões que oferecem boa alimentação, é comum que atinjam 69 centímetros de comprimento, e alguns exemplares excedem 2 quilogramas de peso. Sua pesca é feita de anzol, com isca de peixe ou carne; mesmo jovens com alguns centímetros de comprimento costumam atacar iscas em movimento, como as artificiais.

É um peixe territorialista e canibal; protege suas crias até que se espalhem em meio a vegetação marginal.

Conheça abaixo as espécies de traíras:

Hoplias aimará


Esta é a maior das espécies de Hoplias com espécimes capturados em um comprimento de 120 cm, o maior registro de haste e carretel está em 101 cm. Eles podem pesar até 40 kg (88 lbs). [2] Esta espécie tem uma forma cilíndrica alongada. a cor é basicamente marrom, com uma cor de base mais clara, embora as sombras possam variar, com vários retalhos verticais ou listras. Existem normalmente pequenos pontos visíveis na parte anterior superior do corpo, incluindo a cabeça, a padronização pode variar geograficamente. A cor pode ser quase preta até a cor dourada acastanhada com listras escuras marcantes.

Taxonomia - Acredita-se que existam duas espécies de traíras gigantes Hoplias aimara (Valenciennes, 1846) e Hoplias macrophthalmus (Pellegrin, 1907), cada uma descrita da Guiana Francesa, o estudo dos espécimes-tipo de cada espécie mostrou que ambos os nomes, H. aimara e H. macrophthalmus, referido ao mesmo taxon. O Princípio de Prioridade do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, portanto, significa que o nome Hoplias aimara tem precedência. [3]

Distribuição, habitat e ecologia - Na maior parte do norte da América do Sul, Brasil, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e a ilha de Trinidad. Frequentemente encontrado em zonas contracorrentes dos principais rios e riachos. É principalmente um predador de emboscada de peixes, mas também alimenta oportunisticamente outros animais que caem na água, como invertebrados terrestres. Ataques em vertebrados maiores, incluindo humanos, não são comprovados. Atua predominantemente ao entardecer e à noite. A reprodução ocorre no início da estação chuvosa de dezembro a março. Dependendo do tamanho, a fêmea pode transportar cerca de 6.000 a 60.000 ovos. É conhecido pela qualidade de sua carne e as populações em muitas partes mais estabelecidas de sua área foram severamente esgotadas devido à pesca de alimentos.


Hoplias australis


Classificação: Actinopterygii (peixes com raios nas barbatanas) > Characiformes (Characins) > Erythrinidae (Trahiras)

Distribuição - América do Sul: Endêmica do rio Uruguai; Brasil, Argentina, Uruguai.

Pequena descrição - Raios moles dorsais (total): 12-14; Raios moles anais: 9 - 11. Canal laterossensorial ao longo da face ventral do dentário sempre com 5 poros; perfil anterior da cabeça arredondado em vista lateral; e escalas na linha lateral 40-45 (referência. 81195).

Etimologia: Hoplias: Grego, hoplon = arma (referência. 45335); australis: O nome específico 'australis', um adjetivo, é usado em referência à faixa sul desta espécie, uma das mais meridionais do gênero.


Hoplias brasiliensis


É uma espécie de traíra de água doce tropical benthopelágico que é conhecido dos rios costeiros do nordeste do Brasil, incluindo o rio Paraguaçu na Bahia, o rio Pardo, o rio Jequitinhonha em Minas Gerais e Espírito Santo e o rio de Contas. O H. brasiliensis masculino pode atingir um comprimento máximo de 20,3 centímetros.

Esta espécie distingue-se pelos seguintes caracteres: 4-6 poros do canal laterossensorial ao longo da face ventral do dentário (vs. 6-8 em Hoplias lacerdae); 38-43 escalas ao longo da linha lateral (vs. 42-46 em H. intermedius); perfil anterior da cabeça que é angular em vista lateral (vs. arredondado em H. australis, H. curupira e H. lacerdae); coloração à terra da cabeça e do corpo.

Classificação: Actinopterygii (peixes com raios nas barbatanas) > Characiformes (Characins) > Erythrinidae (Trahiras)

Países de Distribuição: América do Sul: bacia do rio Paraguaçu na Bahia, Brasil.

Comprimento máximo: 20,3 cm SL macho


Hoplias curupira - Traíra Negra


Possui ampla distribuição em todo o norte da América do Sul, podendo ser encontrado na bacia do rio Amazonas, incluindo rios Capim, Tocantins, Xingu, Tapajós, Trombetas e Negro; bacia superior do rio Orinoco perto do rio Casiquiare; e rios costeiros da Guiana e do Suriname. Habita grandes rios e igarapés. Ocorre geralmente em pares.

Possui tamanho médio, relativamente volumoso em comparação com outros membros do gênero, e cabeça sem corte e ampla. Sua coloração pode variar de acordo com seu humor, o padrão é cor marrim claro a preto sólido. O tamanho comum varia entre 30 cm e 40 cm, mas há relatos de espécimes capturados com 75 cm.

O que difere esta espécie de outras Traíras é a presença de quatro pequenos poros manchados ao longo de cada lado da parte inferior da mandíbula (vide foto abaixo). Todas demais espécies do gênero possui poros singulares ao longo da mandíbula.

Nome Popular: Traíra Negra, Traíra Curupira — Inglês: Black Wolf Fish

Família: Erythrinidae (Erythrinídeos)

Origem: América do Sul; bacia do rio Amazonas

Tamanho Adulto: 75 cm (comum: 40 cm)


Hoplias lacerdae - Trairão


Difundido no Amazonas, Pará, Mato Grosso, São Paulo e Paraná. Habita águas rasas com galhadas, troncos, juncos e capim, em remansos de rios, lagoas e represas, sempre procurando emboscar suas presas.

Maior espécie de Traíra conhecido, apresenta corpo cilíndrico. Sua coloração é quase negra, no dorso, já os flancos são acinzentados e o ventre esbranquiçado. Costuma conviver com vários indivíduos não chegando, no entanto, a formar grandes cardumes. Relatos de pescadores indicam que pode atingir cerca de 20 Kg e alcançar 1 m de comprimento.

Apresentam poderosos e afiados dentes e seu corpo é coberto com grossas escamas cicloides e abundante camada de muco que protege contra parasitas externos como sanguessugas; cabeça grande e bem ossificada; sua musculatura é adaptada a natação curta e veloz, composta pode poderosas fibras brancas que não acumulam gordura.

Nome Popular: Trairão, Trairaço, Tariputanga — Inglês: Trahira

Família: Erythrinidae (Erythrinídeos)

Origem: América do Sul; Bacias do Paraná, Paraguai e Amazônica

Tamanho Adulto: 100 cm (comum: 50 cm)


Hoplias macrophthalmus


Predador voraz, vive normalmente em pouca profundidade, com preferência pelas margens de rios e lagos, onde se oculta entre a vegetação para atacar as suas presas.

A cor predominante no dorso é o negro, flancos acinzentados e o ventre branco. A fisionomia do corpo é cilíndrica. É possuidor de uma dentição impressionante e perigosa, a qual deve ser tida em conta ao retirar os anzóis, pois causa perigosas dentadas.

Na família dos trairões existem também o Hoplias lacerdae e o Hoplias aimara, cuja única diferença com o primeiro é a cor e o tamanho. Estes mais pequenos que o macrophthalmus, mas igualmente vorazes e excelentes adversários desde que se pesquem com o equipamento adequado. Gosta da águas paradas para desovar, onde a fêmea põe os ovos e o macho os cobre com sémen. Depois da eclosão, o macho vigia os alevins defendendo-os ferozmente. Prefere caçar ao entardecer e é portanto a melhor hora para a sua pesca. Extremamente territorial ataca qualquer intruso que invada o seu território.

FAMÍLIA: erythrynídeos

COMPRIMENTO: 100 cm

PESO: 20 kg

DISTRIBUIÇÃO: América do Sul (Brasil, rios Amazonas e Orinoco e Guiana Francesa).


Hoplias malabaricus


Encontrado na América Central e América do Sul, desde Costa Rica até Argentina. No Brasil é encontrado em quase todas bacias, incluindo Bacia Amazônica, Araguaia-tocantins, São Francisco, Prata, Paraná e Atlântico Sul. Habita águas paradas, lagos, lagoas, brejos, matas inundadas, e em córregos e igarapés, geralmente entre as plantas aquáticas.

Variando a região, é conhecido por inúmeros nomes populares como: Cipó de Viúva, Dorme-Dorme, Lobo, Lolaia, Peixe Preto, Robafo, Sabira, Taraira, Traíra, Trairitinga. Em inglês é conhecido como Trahira, Guabine, Tararura, Tiger characin, Tigerfish e Wolf fish.

Apresenta poderosos e afiados dentes e seu corpo é coberto com grossas escamas cicloides e abundante camada de muco que protege contra parasitas externos como sanguessugas; cabeça grande e bem ossificada; sua musculatura é adaptada a natação curta e veloz, composta pode poderosas fibras brancas que não acumulam gordura.

Sua aparência e fisiologia estão adaptadas para caça em água pouco oxigenada; pedúnculo caudal é musculoso e poderoso, combinando eficientemente com seu metabolismo anaeróbio, permitindo rápidas reações em frações de segundos. Sua coloração é marrom na região dorsal com manchas pelo flanco; sua coloração pode variar de acordo com ambiente e estado emocional do peixe, podendo possuir abundância de cromatóforos ou não.

Nome Popular: Traíra, Taraíra — Inglês: Trahira, Tiger characin

Família: Erythrinidae (Erythrinídeos)

Origem: América Central e América do Sul, desde Costa Rica até Argentina

Tamanho Adulto: 55 cm (comum: 40 cm)


Hoplias microcephalus

Hoplias microcephalus é uma espécie de traíras . É um peixe de água doce tropical , benthopelágico que é conhecido por habitar o rio São Francisco no Brasil . Os machos podem atingir um comprimento máximo de 35,6 centímetros.

H. microcephalus foi originalmente descrito por Louis Agassiz em 1829, sob o gênero Erythrinus . Foi listado como uma espécie válida de Hoplias por OT Oyakawa em 2003.


Hoplias microlepis


Atualmente, pelo menos três espécies nominais podem ser incluídas no grupo de espécies Hoplias malabaricus, com base no formato das margens mediais dos dentários e presença de dentes na língua: Hoplias malabaricus, H. teres e H. microlepis, a última sendo a única espécie exclusivamente trans-andina do gênero conhecida até o momento.

Apresentamos aqui um estudo taxonômico de Hoplias microlepis, com exame dos síntipos e exemplares coletados mais recentemente, incluindo uma redescrição da espécie. Hoplias microlepis distribui-se nas bacias da costa Pacífica do Panamá e sudoeste da Costa Rica, além da bacia do río Guayas no Equador e região próxima à sua foz (río Tumbes, noroeste do Peru).

Registros da espécie na costa Atlântica do Panamá são restritos à Zona do Canal, sugerindo dispersão através do Canal do Panamá. São designados também lectótipo e paralectótipos.


Hoplias patana


Hoplias patana é uma espécie de trahiras . É um peixe de água doce que é conhecido de Cayenne , na Guiana Francesa . O comprimento máximo registrado para esta espécie é de 39,4 centímetros.

Foi originalmente descrito por Achille Valenciennes em 1847, sob o gênero Macrodon . Foi listado como uma espécie válida de Hoplias por Osvaldo Takeshi Oyakawa em 2003.



Hoplias teres


Hoplias teres é uma espécie de traíras. É um peixe de água doce tropical, benthopelagic que é conhecido por habitar o Lago Maracaibo na Venezuela. Os machos podem atingir um comprimento máximo de 15,3 centímetros.

Hoplias teres foi originalmente descrita por Achille Valenciennes em 1847, sob o gênero Macrodon. Foi listado como uma espécie válida de Hoplias por Osvaldo Takeshi Oyakawa em 2003.

10 comentários:

  1. Top não conhecia tantos tipos de traíras gostaria de saber mais sobre elas principalmente as daqui da região do MS

    ResponderExcluir
  2. Obrigado pelo comentário. Iremos fazer uma matéria falando sobre as traíras do MS em breve.

    ResponderExcluir
  3. Tipo,aqui no interior de São Paulo tem duas espécies de traíra que não vi aí, uma é totalmente branca e cinza, já a outra é branca com coloração avermelhada nas nadadeiras e eu conheço como Morobá.

    ResponderExcluir
  4. Muito bacana! Parabéns!! Aqui no RJ têm incidência de quais variações da espécie?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá meu amigo. Vou fazer uma matéria falando sobre as espécies do Rio de Janeiro em breve.

      Excluir
  5. Aqui na minha região existe uma completamente diferente, gostaria que fosse classificada. Para onde posso enviar as fotos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá meu amigo. Pode enviar para nosso whats +5595991447010

      Excluir
  6. Boa Tarde, muito bacana a matéria. Mas fiquei confuso novamente, pra mim a Hoplias Aimara era a do centro pra norte do BR e a Lacerdae o Trairão Gaúcho. Vi em algum lugar quue existem Lacerdae introduzidas até aqui no Paraná, e daqui pra cima. Mas não sei nem onde, e se é verdade. As Tornassol são bem diferentes.

    ResponderExcluir
  7. tem espécies moroba se pesquisa vai achar mais 4 espécies e da família,da traira.aqui no espírito santo tem da coloração cinza e cinza escuro.

    ResponderExcluir