Bióloga denuncia pesca com bomba em Bom Jesus dos Pobres-BA
A bióloga portuguesa radicada no Recôncavo baiano Dina Salvador denunciou, em rede social, a ocorrência de pesca com bomba em Bom Jesus dos Pobres e outras localidades próximas, como São Roque do Paraguaçu.
Somente em um dia de observação, Dina diz ter contado 22 peixes da espécie xaréu, todos mortos à bomba, alguns deles já em avançado estado de decomposição, segundo relatou, entre a Praia da Bica e Bom Jesus dos Pobres.
Dina revela-se estarrecida com os indícios de impunidade e a necessidade de fiscalização, uma vez que, segundo ela, o criminoso pode soltar bombas às 10 horas da manhã, em meio a outras embarcações, que não haverá qualquer represália.
Para a bióloga, causa indignação que as peixarias comprem o peixe morto à bomba e, mais grave, que pessoas adquiram o produto mesmo sabendo da forma como foi apanhado. Dina lembra que a modalidade mata outros animais no raio de sua atuação: além de peixes, crustáceos, tartarugas, algas e corais, entre outros. O pior de tudo, insiste a bióloga, é a indiferença das pessoas:
– Não falta muito para terem um mar sem vida, apenas com plásticos boiando, atestando a indiferença e a covardia de anos!
Combate – A Bahia Pesca, órgão do governo estadual, não tem como função a fiscalização, enquanto a Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) cobre com lanchas e jet-skies a área que vai dos bairros do Lobato à Ribeira, em Salvador.
Os policiais têm também trabalhado na repressão à pesca predatória na Gamboa, na Cidade Baixa e subúrbio ferroviário, além das ilhas de Maré, dos Frades e Itaparica, bem como a localidade de Salinas da Margarida. A grande extensão marítima é um dificultador para a fiscalização.
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